Descubra o que é ativo e passivo na contabilidade: os conceitos para entender verdadeiramente o patrimônio da sua empresa

Você já deve ter ouvido falar de ativo e passivo, mas você sabe o que significam? Sabe identificar e entender os ativos e passivos da sua empresa?

Vamos definir, neste post, alguns conceitos e princípios da contabilidade e explicar o que é ativo e passivo, para que você entenda e use esse conhecimento em benefício da sua empresa. Vamos lá!

Alguns conceitos básicos

Antes de falarmos de ativo e passivo, vamos explicar alguns conceitos básicos de contabilidade que usaremos para explicar esses termos. 

Mas não se preocupe! São apenas três princípios básicos, que você precisa ter em mente antes de continuarmos. Vamos ver quais são?

  1. Entidade: é o patrimônio como objeto de estudo da contabilidade, ressaltando que o patrimônio particular dos proprietários não se mistura ao da empresa; 
  2. Continuidade: é a premissa de que a entidade funcionará por tempo indeterminado; 
  3. Oportunidade: é a atribuição de valor aos fatos contábeis, em tempo hábil, para a produção de informação. 

Agora, vamos colocar o uso desses termos em prática! 

O que são ativo e passivo?

De forma resumida, o ativo e o passivo representam, respectivamente, direitos e obrigações da empresa. Vamos explicar cada um, separadamente, para que você não tenha dúvida!

O que é Ativo? 

O livro a Teoria da Contabilidade, de Jorge Katsumi Niyama e César Augusto, apresenta a definição de Moonitz e Sprouse(1962) sobre o ativo: “os ativos representam futuros benefícios econômicos esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de transação corrente ou passada.” (NIYAMA; 2013, p. 116).   

O autor apresenta três termos fundamentais para entendermos o que é o ativo:  

Futuros benefícios econômicos 

É o potencial daquele bem ou direito de contribuir para o fluxo de caixa da empresa. Ou seja, a capacidade de um bem gerar dinheiro para entidade ou quitar suas obrigações.  

É importante pontuar que as contas do ativo no balanço patrimonial estão organizadas conforme a liquidez dos bens e direitos, facilitando aos usuários identificar a capacidade de geração de caixa em curto prazo.

Direitos adquiridos pela entidade 

Retrata o controle da entidade perante os bens e direitos adquiridos, assim como a possibilidade que ela tem de utilizá-los para a geração de riquezas e manutenção de suas atividades. 

Transação corrente ou passada

Pontua a necessidade de os eventos geradores daquele ativo já tenham ocorrido, para somente, assim, serem registrados.  

 

O que é passivo? 

O Comitê de Pronunciamentos contábeis no CPC 00(R2), item 4.26 define o passivo como “uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados.” Nesse caso, também ocorre a divisão em três termos:

Obrigação atual

Obrigações que a entidade adquiriu, por exemplo, com um fornecedor e que ainda não foi quitada. 

Transferir recursos econômicos

Obrigatoriedade da quitação desse passivo, tendo como consequência o desembolso de recursos econômicos da empresa, como o dinheiro presente em caixa. 

Eventos passados

Assim como o ativo, um passivo só pode ser registrado após a ocorrência do fato gerador.  

 

Ativo e Passivo: Circulante ou não circulante? 

A divisão do ativo e passivo em circulante e não circulante é bem simples. Baseia-se, principalmente, no período correspondente ao exercício social da entidade e nos 12 meses após a data de encerramento do balanço.  

Ativo circulante e não circulante

No caso do ativo, tudo aquilo que, em até 12 meses após a divulgação do balanço, tem a capacidade de gerar caixa para a empresa, deve ser classificado no ativo circulante, como os estoques. 

Já os bens e direitos, que nesse mesmo período não possuem essa capacidade, são classificados como não circulante. Podemos citar, nesse caso, um imóvel em que não há intenção de venda.  

Passivo circulante e não circulante

O raciocínio é o mesmo para o passivo. Por exemplo, uma obrigação com o fornecedor deve ser quitada dentro de até 360 dias posteriores ao balanço. Então, é classificada como circulante. 

Um empréstimo bancário, no entanto, nem sempre é quitado nesse tempo. Por isso, as parcelas superiores a esse período são contabilizadas no não circulante.  

Agora, você poderá identificar melhor quais os ativos e passivos da sua empresa e será capaz de projetar gastos baseados na liquidez dos seus ativos e controlar suas obrigações. 

Com essas informações, você administra melhor o seu negócio, já que avaliando esses fatores, saberá identificar quanto de obrigações poderá assumir e em que investir o resultado.  

Além disso, você será capaz de analisar melhor o balanço patrimonial da sua empresa e desenvolver planejamentos estratégicos em curto e longo prazo.

Esse post lhe ajudou? Então, compartilhe com os seus amigos e dê a sua opinião nos comentários! 

por Natália Faria – Estagiária Contábil na Bessa